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John Wick 4: Baba Yaga (2023)

Em termos de ação, John Wick 3: Parabellum e este John Wick 4: Baba Yaga são equivalentes e, sem dúvida, os melhores da categoria nos últimos anos. Nesse sentido, como a duração deste último – quase 3 horas – permitiu mais cenas longas e belíssimas de ação, levou então a franquia ao seu ápice. Ademais, temos um John Wick bem internacional, de Osaka a Berlim, Nova York (claro) e até Paris. Se você gostou da corrida insana de Tom Cruise por Paris em Missão: Impossível – Efeito Fallout (2018), verá algo superior aqui, novamente, em Paris.

Mais uma vez dirigido por Chad Stahelski, com certeza um diretor que sabe valorizar cenas com tomadas longas de ação e exigir bem de Keanu Reeves. Nenhuma novidade até aqui. Contudo temos um adicional importante que não é focado na ação: John tem novos aliados, amigos antigos, embora também tenha novos inimigos e, a partir disso, o filme faz um gancho para mostrar que a amizade pode ficar acima da ganância.

Na crítica do filme anterior (leia aqui a resenha de John Wick 3: Parabellum), eu já tinha lembrado de filmes como Duro de Matar, True Lies (1994), o coreano A Vilã (2017) e até alguns de Bruce Lee. Com este agora, podemos acrescentar muitos outros, desde a franquia Máquina Mortífera até Missão Impossível, muitas lembranças dos filmes de Jet Li, Mad Max: Estrada da Fúria e também os faroestes. Entretanto o que conta de verdade é essa belíssima homenagem a grandes clássicos de ação e luta marcial japonesa. Cenas longas de ação em ritmo alucinante e não enjoativo, mudando e aproveitando o cenário e juntando lutas corporais com armas de fogo e armas brancas. Temos até novas personalizações de armas, com direito a terno à prova de balas. Amém!

E o que falar de Keanu Reeves?

Quando assumiu o papel no início da franquia, Reeves queria desempenhar o máximo de suas capacidades. Já em John Wick: Capítulo 2 houve contratação do atirador campeão do mundo Taran Butler, para o treinamento tático e de armas de Reeves. Além disso, é sabido que o treinamento em artes marciais e manejo de armas brancas, por parte do ator, foi bem intenso. Agora temos até o manejo de um nunchaku numa das cenas mais esperadas… e que não decepciona. Sem contar que ele é estiloso até na hora de matar.

Sobretudo há um destaque para coadjuvantes como Donnie Yen, o eterno Ip Man, o Grande Mestre (franquia de sucesso que começou em 2008). Esse ator chinês de Hong Kong, artista marcial, dublê, diretor, produtor, coreográfo de cenas de ação e medalhista do campeonato mundial de Wushu, agora faz um personagem oponente à altura do John Wick, que chega a roubar algumas cenas. E, igualmente, a presença sensacional de Bill Skarsgård como um vilão poderoso, responsável por boa parte das frases de efeito e inspiração na trama. Analogamente, Laurence Fishburne e Ian McShane continuam ótimos.

Perspectivas para a franquia após John Wick 4

Inegavelmente a franquia chegou ao seu máximo aqui, embora ver novamente o Keanu como John Wick continue desejável. Com todo o desencontro de informações a respeito de um provável John Wick 5, além da forma como tivemos o desfecho neste último, inclusive em cena pós crédito, fica mais ainda confuso saber se teremos o retorno do personagem. A franquia parece apontar mais para uma expansão do universo, destacando personagens que foram coadjuvantes e podem ter o seu momento solo. Sabemos também que a Ana de Armas vai protagonizar Ballerina como um spin-off da franquia (e com um possível encontro com o John Wick). Particularmente não tenho aceitado bem essa mania de Hollywood em partir demasiado para os paralelos (spin-offs) de franquias de sucesso.

Balanço com o número de mortes antes de John Wick 4

As estatísticas informam que, no primeiro filme da franquia, John Wick é o responsável por 77 mortes, no segundo ele mata 128 pessoas, enquanto no terceiro o número chega a 164. No total, a trilogia traz 369 mortes realizadas pelo personagem de Keanu Reeves. Em breve sai a contagem de corpos deste último para superar o do anterior. Tudo o que ele toca, morre.

Abaixo a nossa crítica do segundo filme da franquia, onde começou esse modo bicho-papão do personagem:

John Wick: Um Novo Dia para Matar (2017)

Tags Relacionadas baba yaga, crítica de filme, filmes Keanu Reeves, John Wick, john wick 4, JW4, Keanu Reeves, resenha de filme
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