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Na prisão de segurança máxima de Rebibbia, Roma, um grupo de prisioneiros encena a peça "Júlio César", de William Shakespeare. Pelos corredores, fala-se de morte, liberdade, vingança. Realidades presentes no texto shakespeariano, mas também nas suas próprias histórias. Dirigido pelos irmãos Paolo e Vittorio Taviani, o filme venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim 2012.

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No final do período da Guerra Fria, George Smiley (Gary Oldman), um dos veteranos membros do Circus, divisão de elite do Serviço Secreto Inglês, é chamado para descobrir quem é o agente duplo que trabalhou durante anos também para os soviéticos. Todos são suspeitos, mas como também foram altamente treinados para dissimular e trabalhar em condições de extrema tensão, todo cuidado é pouco. George precisa indicar o espião e não pode errar. Dirigido por Tomas Alfredson.

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O Nevoeiro (2007)

The Mist (EUA, 2007)

Após uma violenta tempestade devastar a cidade de Maine, David Drayton (Thomas Jane) e Billy (Nathan Gamble), seu filho de 8 anos, correm rumo ao supermercado, temendo que os suprimentos se esgotem. Porém um estranho nevoeiro toma conta da cidade, o que faz com que David, Billy e outras pessoas fiquem presas no supermercado. Logo David descobre que há algo de sobrenatural envolvido e que, caso deixem o local, isto pode ser fatal.Dirigido por Frank Darabont.

Darabont e King:

Existem combinações que dão certo. Um escritor aclamado e com status de “mestre do terror” e um diretor que consegue transportar para o cinema adaptações fiéis sobre as obras do primeiro. Frank Darabont dirigiu esses filmes baseados em livros ou contos de Stephen King: The Woman in the Room (1983), Um Sonho e Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994), À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999) e este O Nevoeiro, que é baseado em um dos contos do livro Tripulação de Esqueletos.

O conto e o filme são ótimos, principalmente de você gosta do gênero, que posso resumir como uma história de terror recheada de mistério e drama. Isso porque além da proposta de possíveis monstros atacando moradores na cidade de Maine (na qual o escritor tem preferência para bolar suas histórias), é uma reflexão sobre como as pessoas podem se comportar diante de uma situação de crise. É por isso que não existe um foco em mostrar os monstros, mas sim as pessoas, e a ideia de um local fechado, um supermercado, no caso, unindo diferentes pessoas por acaso, leva a situações interessantes. Um exemplo claro: na figura da personagem Sra. Carmody (interpretada por Marcia Gay Harden) vemos o fanatismo religioso e como isso afeta toda a atmosfera ao redor. Além do mais, os comportamentos levam a situações mais graves ainda.

Uma caraterística interessante nas obras de Stephen King é que existe uma preocupação com a construção dos personagens, e isso também prevalece no filme. Junto a isso, nós, leitores e/ou espectadores, diante do desconhecido, vamos sugerindo explicações. Seria o apocalipse? Seria o resultado de uma experiência que trouxe criaturas de outra dimensão? Enfim, o mistério está lançado.

Além do mais, podemos nos preparar para um final impactante, surpreendente. Neste ponto, ouve da parte de Frank Darabont uma iniciativa (vamos chamar de ousadia) em mudar o final da história, surpreendendo até a quem leu o romance, até porque não é um final convencional. Particularmente gostei dos dois finais, tanto do conto quanto do filme, um deles é mais sugestivo e misterioso, o outro é mais claro e sinistro. Mas a história como um todo é super criativa, reflexiva e agradável de acompanhar. Toda a atmosfera e dinâmica que fizeram deste um dos melhores contos do escritor, estão no filme, e é ótimo acompanhar visualmente os ambientes bem realistas que o diretor conseguiu criar, tanto na parte externa da cidade, quanto no ambiente fechado do supermercado. E isso tudo aproveitando da nossa tecnologia e exibindo efeitos bem legais.

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