Monstros
Eu indico Monsters (Reino Unido, 2010) A NASA descobriu formas
No calor do verão, uma casa isolada no campo, entre bosques e campos de milho. Gêmeos de dez anos de idade esperam por sua mãe. Quando ela volta, com a cabeça envolta em ataduras após uma cirurgia plástica, nada é como era antes. Severa e distante, ela fecha a família para o mundo exterior. Começando a duvidar que esta mulher é realmente sua mãe, os meninos estão determinados a encontrar a verdade de qualquer maneira. Dirigido por Severin Fiala e Veronika Franz.
Existem alguns filmes que exploram o universo infantil, mas que são voltados para os adultos. Este é um dos melhores. Bem original e divertido, o filme explora amizade, família, o amor pelo cinema e também a quebra de paradigmas.
Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile (EUA, 2019)
Antes de você chegar no próximo parágrafo, recomendo que assista ao filme sem saber muita coisa a respeito do personagem real Ted Bundy, pois vai garantir mais suspense e surpresas durante a narrativa. Mas caso já conheça essa figura pública, pode continuar que eu não vou revelar cenas do filme em si, só terei que comentar alguns fatos sobre a pessoa.
Theodore Robert Bundy tinha muitas características para ser um assassino temível: charmoso, comunicativo, sedutor… atributos que atraíam facilmente as mulheres. Estudante de direito e psicologia, ele conseguiu convencer a todos, inicialmente, de sua inocência, ao se defender no tribunal e conduzir seu próprio processo. Pior que um assassino, é um assassino que também é advogado! Em uma das melhores cenas do filme, Ted dispensa seu advogado e começa a se defender perante o tribunal.
Boa parte da narrativa trabalha a personalidade de Ted ou se passa no julgamento, deixando as cenas fortes de assassinato para a imaginação do espectador, o que ficou interessante. A angústia da dúvida que o personagem passa para as pessoas que o rodeiam, principalmente para as mulheres com as quais se relacionou e ao júri (nunca sabemos o que eles pensam), o filme tenta passar também para o espectador. A narrativa vai se desenvolvendo sem entregar o protagonista como culpado, existem muitas situações questionáveis e somente em certos momentos de closes no rosto do personagem e certas expressões e comportamentos indicam que ele poderia ser mal.
Zac Efron interpreta sem escorrego um dos mais temíveis assassinos em série da história dos Estados Unidos da América durante a década de 1970. O ator, conhecido pelas divertidas comédias Baywatch (2017) e Vizinhos (2014) agarra a oportunidade de um papel dramático e acerta em cheio, na direção de Joe Berlinger que aproveitou sua própria bagagem por ter dirigido a série Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy (2019), da Netflix. O elenco secundário não me chamou muita atenção, apesar de ter o Haley Joel Osment, eternizado pelo O Sexto Sentido (1999) e o Jim Parsons, que não nos permite deixar de enxergar o Sheldon de Big Bang Theory mesmo interpretando aqui um advogado.
É interessante ver como era fácil escapar da polícia e de algumas prisões após estudar as brechas. E como era fácil enganar vítimas. Incrível e arrepiante imaginar que as pessoas não percebem que pode haver um assassino convivendo com elas, qualquer um pode ser um assassino em série por mais que nos seja alguém íntimo e que nos inspire confiança.
Como um tributo às vítimas conhecidas, uma lista de 26 nomes de mulheres é exibida no final do longa, seguido de algumas cenas reais que ficaram bem parecidas com as do filme. É uma estratégia que não falha e já foi usada outras vezes, como em Argo (2012), só que este último mostrou fotografias comparando cenas do filme com as da realidade.
Eu indico The African Queen (Reino Unido / EUA, 1951)
Seduzido por uma moça da cidade, um fazendeiro tenta afogar sua mulher, mas desiste no último momento. Esta foge para a cidade, mas ele, arrependido, a segue para provar o seu amor. Dirigido por F. W. Murnau.
Sem comentários
Você pode ser o primeiro a comentar este post!