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Vidas que se afastam. Destinos que se cruzam:
Na próxima quinta-feira teremos nas salas de cinema em todo o Brasil o filme Travessia, do diretor baiano João Gabriel. É um filme que, desde seu lançamento, em 2014, vem recebendo premiações em festivais, mas somente agora poderá ser visto pelo público em geral. Existe um forte trabalho de distribuição e divulgação e espero, sinceramente, que seja visto e valorizado pelos brasileiros, pois é raro uma produção baiana chegar às salas de cinema dessa forma.
O filme tem aspectos especiais a começar pela escolha da cidade onde acontece a história, que é a capital da Bahia, cidade do Salvador, lugar onde este que vos escreve mora. O diretor optou por evitar os cartões postais da cidade e mostrar locais que são mais íntimos para quem vive aqui, e ainda assim é difícil reconhecer lugares em algumas cenas. A maior parte da trama se passa à noite, ambientes escuros e isso combina com a carga dramática do filme, numa histórica que envolve angustia, tristeza, mas de forma delicada. A relação de pai e filho marcada pela ausência da interação entre eles é percebida em quase todas as cenas, mesmo sem fala e só com as expressões corporais e principalmente dos rostos dos dois personagens, percebemos que um está pensando no outro de forma amargurada, mesmo que cada um lide com a situação de forma oposta: o pai (Chico Diaz) tenta chamar o filho para uma conversa e o filho (Caio Castro) evita o encontro – ou o conflito – de forma um pouco violenta. Como o diretor não pretendeu dar explicações detalhadas sobre o motivo dessa ruptura na relação, embora saibamos que o falecimento da mãe teve influência, então para muitos espectadores será difícil aceitar as atitudes dos personagens, criar uma simpatia e até pena deles. Como a iniciativa fica por conta do pai, então o público tente a sentir mais pena e respeito pelo personagem Roberto, que é interpretado magnificamente por Chico Diaz, nada que não fosse esperado.
A cidade do Salvador se torna um grande e importante personagem na história, essa que foi a primeira capital do Brasil, desde 1549. Isso tem uma relação com os dois personagens principais, pois enquanto Roberto representa o homem mais velho e amargurado, o lado histórico da cidade, Júlio (Caio Castro) é o jovem que busca na vida jovem e moderna, se envolvendo com tráfico de drogas, uma forma de juntar dinheiro para fugir dali ao exterior, embora ele não odeie a cidade, mas sim o trauma que enfrenta na relação com o pai. Ele curte baladas, transa com a linda namorada (Camilla Camargo) e também aproveita o lado bonito e antigo da cidade, quando por exemplo mergulha na famosa Baía de Todos os Santos e sobe o bondinho. Neste lado moderno também vemos o domínio desenfreável das construtoras e seus prédios com apartamentos de 3 suítes e vista para o mar, assim como as já citadas boates com seus efeitos de luzes e som. Fica mais fácil identificar os lugares ao ler os agradecimentos nos créditos finais (Boate Borracharia, Bar Quintal, etc). Contudo, para quem mora aqui é bem legal tentar identificar os locais durante o filme (eu reconheci prédios no meu bairro Imbuí).
O foco da história tende a ficar nesse submundo mais noturno, onde existem pessoas e cada uma tem a sua história, que não necessariamente vamos conhecer- assim como na vida real que você percebe aquele senhor na praça, ou na esquina, e só pode imaginar o que se passa com ele. Como pai e filho estão afastados, cada um enfrentando problemas sérios e é uma pena que eles não sejam unidos para apoiar um ao outro, imaginamos como seria diferente esse cenário e até as consequências. Mas aqui a opção é pela ausência, amargura e silêncio, não esperem um conto de fadas. Por um lado, o pai atropela um garoto e passa a direcionar suas energias a acompanhar a recuperação deste com um certo afeto de pai, como substituição da ausência de seu filho Júlio. Por outro, o Júlio mergulha em baladas, relação com a namorada e tráfico de drogas como forma de fugir dali. Muitas cenas são alternadas com cortes bruscos para mostrar o que o Roberto e o Júlio estão fazendo naquele momento e dá para sentir que eles pensam um no outro, tudo que eles vivem está misturado com saudade, raiva ou o que seja de sentimentos dessa nossa cabeça tão complexa. Cada pessoa está numa espécie de travessia enquanto não resolvem seus conflitos e precisam se acostumar com o que sobra, ou com um novo ponto de partida.
O elenco conta com atores baianos e grandes figuras coadjuvantes e até figurantes importantes como representação das pessoas daqui, como o exemplo do mecânico e a frase típica “Quer ensinar o padre a rezar a missa?”, ou o colega folgado que acaba de conhecer a tia do amigo e já a chama de “minha tia”. Os atores baianos Caco Monteiro e Amaurih Oliveira (consegui tirar uma foto com os dois no evento de pré estréia) possuem papel fundamental no filme, o que reforça a importância de misturar atores baianos com o elenco principal e dar visibilidade nacional a talentos que temos aqui.
Ainda assim, quem é baiano vai perceber alguns erros de comportamento, trejeitos e sotaque, entre outras falhas relacionadas a como a cidade se encontra nos dias de hoje. Mas isso só para os íntimos mesmo.

Amaurih Oliveira (à esquerda) e Caco Monteiro (à direita), atores baianos no filme Travessia

Tags Relacionadas bahia, brasil, brazil, caio castro, camilla camargo, chico diaz, crítica, diretor baiano, estreia, filme, joão gabriel, nacional, pré estreia, resenha, salvador, travessia filme
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2 Comentários

    • Valeu, Evandro. Você pode conferir a trilogia da vingança, composta pelos filmes “Mr. Vingança” (2002), “Old Boy” (2003) e “Lady Vingança” (2005), todos do diretor Park Chan-wook. Estou preparando um post especial sobre os melhores filmes coreanos e te mostro depois. Até mais e bom filme 😉

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