A Fraternidade é Vermelha (“Trois couleurs: Rouge”)
Eu indico A Fraternidade é Vermelha (Polônia / França /
Eu indico A Fraternidade é Vermelha (Polônia / França /
O filme nacional Proteção, impactado pelo atual cenário de pandemia, é uma ficção científica que discorre justamente sobre uma epidemia... uma epidemia intitulada como a "peste branca". Promete render boas discussões ao jogar o espectador num dilema: "Você entregaria a cura para salvar a vida do seu inimigo?". Roteiro e direção de Alberto Sena.
Matthew (Michael Pitt) é um jovem que, em 1968, vai estudar em Paris. Lá ele conhece os irmãos gêmeos franceses, Isabelle e Theo (Eva Green e Louis Garrel). Os três logo se tornam amigos, dividindo experiências e relacionamentos enquanto Paris vive a efervescência da revolução estudantil. Dirigido por Bernardo Bertolucci.
Homenagem ao cinema, por Bertolucci:
Este filme já apareceu em listas de filmes polêmicos com conteúdo sexual explícito. A bem da verdade, o diretor Bernardo Bertolucci deixou, em seus filmes, uma marca abordando situações que giram em torno do erotismo, mas sempre com bastante conteúdo em várias dimensões, seja poesia e arte em geral, política, comportamento humano, história, etc. Baseado no romance “Os Inocentes Sagrados” de Gilbert Adair, que também elaborou o roteiro do filme, contemplemos uma mistura maravilhosa de cinema, sexo e revolução.
A homenagem realizada ao cinema vai se encaixando na trama a medida que filmes são explicitamente mostrados ou citados de forma mais sutil, com direto a exibição de cenas de grandes clássicos, como Os Incompreendidos (“The 400 Blows”, 1959, de François Truffaut), O Picolino (“Top Hat”, 1935, de Mark Sandrich), Crepúsculo dos Deuses (“Sunset Boulevard”, 1950, de Billy Wilder), Luzes da Cidade (“City Lights”, 1931, de Charles Chaplin) e Juventude Transviada (“Rebel Without A Cause”, 1955, de Nicholas Ray). Essa pitada de cada filme deixa uma imensa vontade de assistir a todos eles. A lista completa pode ser conferida no final desta postagem, assim como a cena onde cada um deles aparece.
O interessante é discutir a visão e importância dos espectadores, isso vai sendo trabalhando do ponto de vista dos três personagens principais que, apaixonados por cinema, chegam ao ponto de fazer jogos do tipo “Qual o nome do filme?”, com prendas sexuais inusitadas para quem não acertar.
A Paris de 1968, marcada por revoluções, inclusive manifestações no cinema, é o cenário onde um estudante americano conhece dois irmãos franceses e os três começam a viver experiências sexuais somente entre eles. Entre a oportunidade de viver o prazer da situação, e a luta contra a repressão que basicamente ocorre fora do apartamento dos irmãos – onde se passa quase o filme inteiro – os personagens vivenciam revoluções culturais, música, cinema e sexualidade. Eva Green está arrebatadora em sua sensualidade, numa personagem que horas parece madura e segura, horas inocente ou fingida. Este foi um de seus primeiros trabalhos no cinema, Bernardo Bertolucci descobriu essa atriz nos palcos franceses e chegou a dizer que ela possui uma beleza “indecente”.
Referências a filmes e onde aparecem – SPOILER:
– Bande à Part (“Band of Outsiders”, de Jean-Luc Godard)
Quando Isabelle, Theo e Matthew correm no Louvre, tentando quebrar o recorde (9 minutos e 43 segundos) de uma cena em Bande à Part.
– Paixões que Alucinam (“Shock Corrido”, de Samuel Fuller)
É o filme que Matthew está assistindo no cinema, quando ele diz que gosta de sentar na frente para ser o primeiro a receber as imagens.
– O Demônio das Onze Horas (“Pierrot Le Fou”, 1965, de Jean-Luc Godard)
– Os Incompreendidos (“The 400 Blows”, 1959, de François Truffaut)
Posters dos filmes no quarto do Theo.
– Quando Duas Mulheres Pecam (“Persona”, 1966, de Ingmar Bengmar)
Pôster de Liv Ullman e Bibi Andersson em Persona no apartamento de Matthew.
– A Chinesa | La Chinoise (1967), de Jean-Luc Godard
Pôster do filme no quarto dos gêmeos.
– A Vênus Loira (“Blonde Venus, 1932, de Josef Von Sternberg)
Cena em que Isabelle entra no quarto de Theo cantando com seus óculos escuros e um espanador. Isabelle pergunta ao irmão qual o nome do filme.
– Parada de Monstros (“Freaks”, 1932, de Tod Browning)
Isabelle e Theo aceitam Matthew depois da corrida no museu, dizendo: “We accept him, one of us”.
– Scarface (1983, de Brian De Palma)
Isabelle e Matthew estão jogando quando Theo finge uma cena do filme, se jogando no chão.
– Rainha Christina (1933, de Rouben Mamoulian)
Isabelle atua imitando a personagem de Greta Garbo, dizendo “memorizing this room” na primeira noite que Matthew dorme em sua casa.
– O Picolino (“Top Hat”, 1935 de Mark Sandrich)
Cena em que Isabelle e Theo começam a discutir sobre a música alta e rapidamente Isabelle pergunta ao Matthew qual o nome de um filme.
– Acossado (“À Bout de Souffle”, 1960, de Jean-Luc Godard)
Cena em que Isabelle fala para Matthew quais foram as suas primeiras palavras quando bebê. Isabelle responde: “New York Herald Tribune”, que é de uma cena deste filme.
– A Virgem Possuída (“Mouchette”, 1967, de Robert Bresson)
Depois que Isabelle tenta matar os três com gás de cozinha, fecha os olhos e passam cenas do suicídio de Mouchette.
– Luzes da Cidade (1931, de Charles Chaplin)
Cena em que Matthew e Theo começam a discutir quem era o melhor humorista, Chaplin ou Keaton. Theo explica o porquê dele gostar de Chaplin ao citar uma cena de Luzes da Cidade.
– O Homem das Novidades (“The Cameraman”, 1928, de Edward Sedgwick / Buster Keaton)
Matthew discutindo com Theo sobre o assunto citado acima. Uma cena do filme é mostrada.
– Juventude Transviada (“Rebel Without a Cause”, 1955, de Nicholas Ray)
Theo pergunta para Matthew quais os filmes que ele gostava sobre aquele diretor. Matthew responde: Juventude Transviada.
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Fontes:
http://eaicinefilocadevoce.blogspot.com.br/2013/05/critica-os-sonhadores-2003.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Sonhadores
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