Willow – Na Terra da Magia (“Willow”)
Eu indico Willow (EUA, 1988) Willow Ufgood é um anão
Eu indico Willow (EUA, 1988) Willow Ufgood é um anão
O filme conta a história de um trio de estudantes de cinema que, após um surto de ataques a ursos numa reserva natural no Norte da Noruega, decidem investigar o que realmente se passou. Ignorando os avisos das autoridades sobre os perigos, munem-se de uma câmara de vídeo e partem em busca de material para um documentário. Durante a busca, conhecem Hans (Otto Jespersen), um homem enigmático conhecido como o "caçador de trolls". E é então que os jovens descobrem o segredo mais bem guardado do Governo norueguês: a existência de trolls, seres que eles julgavam apenas habitar na sua imaginação. Dirigido por André Øvredal.
Esse filme é um presente merecido para os fãs, já que o resultado ficou excelente. Adaptação feita com muito cuidado, em detalhes, conseguindo ser assustador e ao mesmo tempo agradável. A mensagem principal - que não poderia ficar de fora - está lá: a personificação do medo, que é a definição da Coisa, o palhaço monstruoso que se materializa no medo de suas vítimas e se alimenta dessa sensação de medo. O diretor argentino Andrés Muschietti merece louvor por deixar 2 horas e 15 minutos de diversão e cenas assustadoramente criativas.
Muitos filmes sabem se sustentar no suspense psicológico e passar um ensaio sobre comportamento humano, seja num mundo afetado por uma catástrofe, seja por invasão alienígena. Nesse aspecto, os melhores nem precisam ou arriscam uma continuação. Sequer existe a carência de uma sequência mesmo quando não explicam o motivo dos eventos e ainda deixam um final em aberto. Muitos se perguntaram se Um Lugar Silencioso (2018), muito bem aceito pelos críticos e público geral, precisava de um sequência. Confira nossa resenha de Um Lugar Silencioso Parte II (2021), mas não esqueça de respirar sem fazer barulho, embora o silêncio não seja mais suficiente para garantir a sobrevivência.
A Quiet Place – Part II (EUA, 2021)
A resposta de John Krasinski às expectativas criadas quando decidiu realizar esse segundo filme foi madura e acertada: ele entregou mais um ótimo filme e decidiu ampliar as informações sobre o mundo complicado que foi apresentado na proposta original. Inegavelmente, sequências geniais de aventura foram criadas, usando tudo o que se podia dos cenários e objetos, dando pistas, conectando cenas. Acrescentado a isso, um show de fotografia e sons, que não podiam faltar para explorar a proposta. A proposital ausência de sons em várias cenas também foi pertinente.
Ligações feitas com o primeiro filme servem para dar mais forma ao conceito de sequência, inclusive voltando para o DIA 1, o dia no qual tudo começou. Vemos o mesmo mercado da primeira cena do filme anterior, só que muitos meses antes, assim como uma revisita a outros locais. Ainda assim, não percebi uma repetição; a vida segue para os personagens que agora vão conhecer outras pessoas, algumas boas, outras más. O comportamento humano indo ao seu pior é uma lógica bem explorada na série e HQ Walking Dead, assim como em filmes ótimos, os quais destaco Ao Cair da Noite (2017), A Estrada (2009) e um menos conhecido, A Luz No Fim Do Mundo (2019), que vocês devem assistir. Os dois primeiros estão na HBO Max e um deles tem uma resenha nossa aqui:
Em resumo, são filmes onde o monstro surge nas pessoas e John Krasinski decide explorar essa questão, tão plausível, aqui na sequência, embora o antagonismo predomine nas criaturas assassinas.
Ademais, continuam os elementos essenciais e seu ensaio sobre a sobrevivência da família, que tentei passar na resenha do primeiro filme, disponível aqui. Acrescentando o complicado convívio humano, o filme mostra que fazer silêncio não é suficiente para a sobrevivência.
Continuo fã, por certo, da Millicent Simmonds. A atriz, agora com 18 anos, ficou surda antes de completar um ano de idade. Em 2019 ela foi nomeada como Melhor Atriz Jovem pelo filme Um Lugar Silencioso, no Critics’ Choice Movie Awards. Ela garante as melhores cenas junto com o personagem de Cillian Murphy, que se destaca como um personagem transtornado. Introduzido neste segundo filme, sua cara de assustado em alguns momentos é sensacional, assim como seus surtos de coragem combinando com o amadurecimento das duas crianças (Millicent Simmonds e Noah Jupe), que com efeito possuem um papel essencial aqui.
Cillian Murphy pede silêncio, ao lado de Djimon Hounsou
Em conclusão, fica novamente um gostinho de quero mais. Contudo, essa decisão de um terceiro filme cabe a John Krasinski, que possui a maior parte do mérito pela alta bilheteria do segundo. O filme teria sido lançado junto com o início da pandemia, mas acabou ficando para agora. Isso resultou numa coincidência arrepiante da quantidade de dias vividos pelos personagens após a catástrofe com a quantidade de dias que estamos vivendo essa pandemia da Covid-19. Os personagens, neste segundo filme, chegaram ao DIA 474, ou seja, 1 ano e 4 meses de sobrevivência. Tamo junto!
Em Zumbilândia 2, o mundo zumbi é consumido numa comédia com senso de humor acima da média, uma fiel continuação dez anos depois da primeira aparição do quarteto de caçadores interpretados por Harrelson, Eisenberg, Breslin e Stone. Se a sinergia do elenco foi boa no primeiro filme, aqui é o ponto máximo. Dirigido por Ruben Fleischer.
Por certo a diretora Cathy Yan dá um exemplo de condução e o filme não se perde e nem cansativo fica. Em Aves de Rapina (2020) é vibrante. Confira nossa resenha.
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